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Irmã de Juliana Marins fala sobre expectativa em rever o pai: 'Ele está trazendo um pedacinho da memória dela'

O pai da jovem teve que voltar antes do translado ser concluído. A Emirates confirmou que o corpo da publicitária será transportado para Dubai em 1º de julh...

Irmã de Juliana Marins fala sobre expectativa em rever o pai: 'Ele está trazendo um pedacinho da memória dela'
Irmã de Juliana Marins fala sobre expectativa em rever o pai: 'Ele está trazendo um pedacinho da memória dela' (Foto: Reprodução)

O pai da jovem teve que voltar antes do translado ser concluído. A Emirates confirmou que o corpo da publicitária será transportado para Dubai em 1º de julho e, posteriormente, para o Rio de Janeiro em 2 de julho. Família aguarda resposta de companhia aérea sobre translado do corpo A irmã da jovem Juliana Marins falou sobre a expectativa em rever o pai, que chegou da Indonésia na tarde desta segunda-feira (30). O voo dele pousou no aeroporto Tom Jobim, o Galeão, pouco antes das 15h30. O corpo de Juliana só deve chegar daqui a dois dias. “A expectativa é de muita emoção, ele tá vindo com a minha prima pro Brasil. Ele tá trazendo uma parte da Juliana. Por mais que a Juliana não esteja aqui fisicamente, ele vai estar trazendo um pedacinho da memória dela. Para a gente, vai ser um momento muito emotivo e de muita comoção”, afirma Mariana Marins. Juliana morreu durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani. O corpo da jovem será transportado nesta terça-feira (1º) para Dubai e chegará ao Rio em 2 de julho, segundo a Emirates Airlines. A empresa informou que atrasos ocorreram por restrições operacionais. Mariana Marins Henrique Coelho/g1 Manoel Marins retornou em um voo da Emirates Airlines de Dubai para o Rio. Ele não falou com a imprensa na saída, pois saiu do aeroporto por uma rota alternativa. O pai saiu do Rio no dia 23 de junho para acompanhar as buscas pela filha. Segundo Mariana, a expectativa é que o corpo seja submetido a uma nova autópsia. A Defensoria Pública da União (DPU) já acionou a Justiça Federal pedindo um novo exame, diante da falta de esclarecimentos sobre a causa exata da morte. “É um sentimento um pouco conflitante, porque ela vai ficar em uma escala de 27 horas em Dubai. Mas eu espero que tudo dê certo, para que o corpo da Juliana chegue ao Brasil para os trâmites que a gente precisa resolver”, afirma a irmã. "O que a gente quer com esse pedido é que a gente consiga realmente afirmar que o que está no laudo da autópsia realmente aconteceu, que não ficou nada que passou batido, que foi mal interpretado. A gente não queria estar passando por isso, a gente não queria estar a mais esse passo até o velório da Juliana, mas infelizmente vai ser necessário pra gente conseguir ter mais informações", afirma. Apelo Neste domingo (29), a família tinha feito um apelo à companhia aérea. “Estamos tentando confirmar o voo que trará Juliana para o Rio. Porém, a Emirates não quer confirmar o voo! É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana pra casa!”, disse na ocasião Mariana Marins, a irmã mais velha. Mariana contou que o translado estava confirmado para as 19h45 de domingo no horário de Bali (8h45 no horário do Brasil). No entanto, houve mudanças repentinas. “Misteriosamente, a parte do porão de carga ficou ‘lotada’”, afirmou Mariana. “Parece proposital, já que o embalsamamento tem apenas alguns dias de validade. O medo é que em nova autopsia descubramos mais coisas? Está muito difícil”, desabafou. Nova autópsia No despacho, a defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido de uma nova autópsia, solicitou que a perícia seja feita no máximo 6 horas depois da chegada do corpo de Juliana ao Rio de Janeiro. O Plantão Judiciário da Justiça Federal decidiu não analisar o pedido, que será avaliado pelo juiz responsável pelo caso, já sorteado previamente. Também nesta segunda-feira, a Defensoria Pública da União enviou um ofício pedindo que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o caso. Autópsia em Bali A 1ª autópsia foi realizada na quinta-feira (26) em um hospital de Bali, logo depois que o corpo foi retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani. De acordo com o exame, a brasileira morreu por causa de múltiplas fraturas e lesões internas, não sofreu hipotermia e sobreviveu por 20 minutos após um trauma. As informações foram passadas na sexta (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit, em uma entrevista coletiva no saguão do Hospital Bali Mandara. “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, disse o médico. A divulgação do exame foi criticada pela família de Juliana. Mariana Marins disse que a família foi chamada ao hospital, mas a coletiva de imprensa aconteceu antes. 📸Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular Manoel e a filha Juliana Reprodução Governador se manifesta Pela primeira vez desde após a morte de Juliana, uma autoridade política da Indonésia se posicionou sobre o episódio. Lalu Muhamad Iqbal, que governa a província de Sonda Ocidental, onde fica o vulcão Rinjani, publicou um vídeo no sábado (28) e admitiu falta de estrutura durante a tentativa de resgate da jovem. Ele informou também que vai rever os procedimentos de salvamentos em novos incidentes. Desde a semana passada, o g1 e a TV Globo têm tentado contato com autoridades indonésias. A equipe de reportagem tentou contato com a polícia, os diretores do parque, com a prefeitura da ilha de Lombok, com o Ministério do Turismo, com o Ministério das Florestas, responsável pelo parque, com o Ministério do Exterior e até com a Presidência da Indonésia, mas não houve resposta. Iqbal divulgou uma gravação de pouco mais de 3 minutos, narrada por um homem e intitulada “Carta aberta para meus irmãos e irmãs brasileiros”. No áudio, ele atribuiu o atraso no resgate à chuva persistente e à neblina densa, mas admitiu que a região não dispõe de estrutura adequada para operações desse tipo. “Quero assegurar que, desde o primeiro momento em que fomos informados do acidente, nossa equipe de resgate agiu com urgência e dedicação. Eles arriscaram a própria segurança para cumprir sua missão”, destacou o governador. “O terreno arenoso próximo ao local criou riscos extremos para os dois helicópteros que mobilizamos, pois a entrada de areia nos motores tornava as operações de resgate aéreo inseguras. Reconhecemos que o número de profissionais certificados em resgate vertical ainda é insuficiente e que nossas equipes ainda carecem de equipamentos avançados para esse tipo de missão.” Por fim, o político destacou que a infraestrutura de segurança ao longo da trilha do Rinjani “precisa ser aprimorada, já que essa montanha deixou de ser apenas um destino de trilha para se tornar uma atração turística internacional.” “Com essa consciência, estou totalmente comprometido, como governador, a iniciar uma revisão abrangente com todos os envolvidos na região do Rinjani.”