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Operação contra milícia em Queimados tem 3 presos; um deles usava carro do Conselho Tutelar para levar criminosos

Operação contra milícia em Queimados tem 3 presos O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ iniciaram nesta terça-feira (2) a...

Operação contra milícia em Queimados tem 3 presos; um deles usava carro do Conselho Tutelar para levar criminosos
Operação contra milícia em Queimados tem 3 presos; um deles usava carro do Conselho Tutelar para levar criminosos (Foto: Reprodução)

Operação contra milícia em Queimados tem 3 presos O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ iniciaram nesta terça-feira (2) a Operação Mibius, contra milicianos que atuam em Queimados, na Baixada Fluminense. Até a última atualização desta reportagem, 3 pessoas haviam sido presas. Promotores do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e agentes da 55ª DP (Queimados) saíram para cumprir 5 mandados de prisão. Um dos procurados já estava encarcerado, e 2 foram pegos nesta terça — um policial civil e um ex-servidor da prefeitura de Queimados. Segundo os investigadores, o agente Flavio Cordeiro Candreva fornecia armas para o grupo criminoso. Já o ex-servidor Paulo Alberto de Lima, que atuava no Conselho Tutelar, usava um carro oficial do órgão para transportar milicianos. Atualmente, ele não faz mais parte do quadro da prefeitura. Eles estão presos. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 RJ no WhatsApp A operação é resultado da análise de celulares apreendidos após uma prisão em flagrante realizada em agosto do ano passado. Na ocasião, milicianos foram detidos com um carro roubado, armas de fogo e roupas semelhantes às utilizadas por agentes da Polícia Civil. De acordo com o promotor Eduardo Pinho, do Gaeco, as mensagens encontradas nos celulares permitiram identificar outros integrantes da organização criminosa. Um deles foi o motorista Paulo Alberto de Lima. O homem apontado como chefe da milícia, João Carlos Lustosa da Silva, já está preso em Gericinó, de onde, segundo as investigações, continuava comandando as ações do grupo. Segundo o Gaeco, o grupo criminoso explorava os bairros de Fanchem, Porteira e Paraíso, praticando extorsões contra comerciantes e mototaxistas. Sob ameaça armada, exigiam o pagamento de uma “taxa de segurança” e recolhiam as chaves das motocicletas como forma de coação. “Para dar aparência de legalidade às cobranças, os criminosos usavam a fachada de uma empresa denominada ‘Mibius Segurança Privada’, que distribuía cartões com telefones e chaves PIX para recolhimento das quantias extorsivas”, explicou o MPRJ. Os 5 investigados foram denunciados pelo Gaeco à Justiça pelos crimes de constituição de milícia privada e extorsão qualificada. O que diz a Prefeitura de Queimados A Prefeitura de Queimados afirmou que apoia o trabalho do Ministério Público e da Polícia Civil no combate à milícia no município, e repudiou qualquer conduta indevida de agentes públicos. Disse ainda que disponibilizou sua Central de Monitoramento — equipada com 360 câmeras e tecnologias de reconhecimento facial e de placas — para uso das polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e do Ministério Público. A pasta falou ainda que o ex-servidor preso atuava na Secretaria Municipal de Assistência Social, foi exonerado em julho de 2004 e, desde então, não tem mais vínculo com o órgão. A prefeitura disse ainda que repudia as ações do ex-funcionário e reiterou sua disposição em colaborar com as investigações.