Operação mira máfia das cantinas que atua em presídios do RJ
Agentes cumprem mandados contra suspeitos de formação de cartel e fraude à licitação. Estimativa é que ação criminosa causou prejuízo de mais de R$ 25 ...
Agentes cumprem mandados contra suspeitos de formação de cartel e fraude à licitação. Estimativa é que ação criminosa causou prejuízo de mais de R$ 25 milhões aos cofres públicos. Entre os alvos estão dois advogados. Agentes cumprem mandados contra suspeitos de formação de cartel e fraude à licitação. O Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou uma operação, na manhã desta terça-feira (12), contra suspeitos ligados à máfia das cantinas de presídios do RJ. Os agentes cumprem 4 mandados de busca e apreensão contra investigados por organização criminosa, cartel e fraude à licitação relativas ao funcionamento de cantinas nos presídios e casas de custódia. Entre os alvos estão dois advogados. Segundo as investigações, o esquema criminoso envolveria ao menos 30 empresas e agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ligados direta ou indiretamente ao esquema. A ação criminosa causou prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 25 milhões. As investigações da Operação Snack Time (Hora do Lanche, em inglês) tiveram início a partir de um relatório da Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário. Os mandados são cumpridos nos bairros de Copacabana, na Zona Sul, e na Barra da Tijuca, Sepetiba e Bangu, Zona Oeste da cidade. Em nota, a Seap informou que vinha monitorando as atividades das empresas que exploravam há décadas o serviço das cantinas no sistema prisional fluminense de forma precária e sem licitação, e enviou ao Ministério Público um relatório com todas as informações colhidas nos últimos anos. "Foi com base nesse relatório que o Gaeco abriu a sua investigação para apurar as responsabilidades sobre as denúncias apresentadas". O esquema De acordo com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), o esquema fraudulento ocorre desde 2019 e foi estruturado dentro da Secretaria de Administração Penitenciária para manter um cartel que controla o serviço de cantinas. Após a decisão da Secretaria de encerrar o serviço, a organização passou a utilizar pessoas presas para abrir ações contra o estado. Dinheiro em operação do Gaeco que mira a máfia das cantinas em presídios do RJ Divulgação Um grupo de advogados ingressou com ações judiciais em nome dos presos para induzir o Judiciário ao erro, como se os presos estivessem pleiteando a necessidade da reabertura das cantinas. Ainda segundo o Gaeco, em depoimento, os presos afirmaram que não tinham conhecimento do objeto da ação quando assinaram as procurações. De acordo com os promotores de Justiça, os advogados tinham como objetivo garantir a continuidade de uma prática que prejudica tanto o Estado quanto os internos do sistema prisional, devido aos altos preços dos produtos vendidos.