Quem é Charlotte Alice Peet, jornalista britânica que ficou três meses desaparecida e foi encontrada em SP
Jornalista trabalha como freelancer e é fluente em português. Amiga tinha falado com ela pela última vez no dia 8 de fevereiro. Ao ser encontrada, ela revelo...

Jornalista trabalha como freelancer e é fluente em português. Amiga tinha falado com ela pela última vez no dia 8 de fevereiro. Ao ser encontrada, ela revelou que não queria manter contato com a família. Jornalista britância Charlotte Alice Peet foi encontrada em São Paulo. Reprodução/Redes sociais A britânica Charlotte Alice Peet, que desapareceu há três meses após uma viagem para o Rio de Janeiro, foi encontrada nesta segunda-feira, 2, em São Paulo. A jornalista chegou ao Brasil em novembro do ano passado. Segundo a delegada Ellen Souto, titular da DDPA, a britânica estava em um hotel do bairro de Jardins, na capital paulista. Com isso, a família da mulher foi informada, e o inquérito foi arquivado. "Ela estava lá e demostrou claramente que não tinha interesse em manter contato com a família, tampouco retornar para seu país. Como não tem crime, o caso foi resolvido [arquivado]". LEIA TAMBÉM: Polícia do RJ localiza jornalista britânica sumida em SP; mulher disse que não quer contato com a família Charlotte tem 33 anos e já trabalhou como freelancer para veículos internacionais como Al Jazeera, The Telegraph, The Evening Standard, The Times e The Independent. O desaparecimento foi registrado por uma amiga dela na Delegacia de Atendimento ao Turista do Rio de Janeiro no dia 17 de fevereiro, mas o caso foi encaminhado a São Paulo, último local onde a britânica mencionou estar. Em fevereiro, a TV Globo teve acesso a imagens da jornalista britânica. Jornalista britânica foi vista em hostel na Zona Sul do Rio ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Charlotte já havia morado no Brasil, no Rio de Janeiro, onde trabalhou como correspondente, inclusive durante a pandemia de Covid-19. Depois disso, voltou a Londres a pedido da família. Em novembro de 2024, retornou ao Brasil. A jornalista tem mais de nove anos de experiência na profissão. Segundo o perfil dela na emissora Al Jazeera, do Catar, Charlotte produziu reportagens entre 2021 e 2022 sobre violência policial em comunidades do Rio, a crise no abastecimento de oxigênio para pacientes de Covid e insegurança alimentar. Charlotte se formou pela University of London, de acordo com as informações do LinkedIn, e cursou filosofia na University of Bristol. Além do inglês, fala francês, espanhol e português. Jornalista Charlotte Alice Peet, de 32 anos, está desaparecida desde 8 de fevereiro no Brasil Reprodução/Linkedin Desaparecimento A amiga que registrou o Boletim de Ocorrência disse à polícia que elas se encontraram em 15 de novembro no bairro Santa Teresa, no Centro do Rio. O contato seguinte aconteceu só em 8 de fevereiro, quando a jornalista enviou uma mensagem contando que estava em São Paulo e procurava um lugar para ficar no Rio. Após alguns dias, a família da britânica entrou em contato com essa amiga, que é norte-americana, para avisar que Charlotte não dera mais notícias. Segundo o boletim de ocorrência, a família também contatou os consulados britânicos no Rio e em São Paulo para comunicar o desaparecimento da filha. Quatro dias antes do último contato com a amiga, Charlotte deixou a seguinte mensagem num grupo do Facebook sobre aluguel de apartamentos em Londres: "Olá. Estou procurando um quarto duplo no sudoeste/leste de Londres: East Dulwich, Brixton, Herne Hill, Clapham, Balham, Streatham, Camberwell, etc, ou consideraria me aventurar no leste para o lugar certo. Sou uma jornalista de 32 anos, amigável, respeitosa e organizada. Adoro ler, me manter ativa e conversar com os amigos. Deixe-me saber se pareço uma boa opção! Obrigada!". Em nota na época, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que o sumiço da britânica estava sendo investigado pela 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa que realizava "diligências para localizar a desaparecida e esclarecer os fatos". A Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE) publicou uma nota em suas redes sociais pedindo que as autoridades intensifiquem as buscas pela jornalista. LEIA TAMBÉM: Jovens escravizados em Mianmar eram obrigados a dar golpes pela internet em brasileiros Ameaças diárias de punição e 16 horas de trabalho para aplicar golpes: brasileiro vítima de tráfico humano relata rotina de escravidão por máfia Desaparecidos no Brasil Levantamento revela que 183 pessoas desaparecem a cada 24 horas no Brasil; adolescentes são principais vítimas